(1510 - 1571)
Colonizador francês nascido em Provins, França, fundador da França Antártica no Brasil com sua capital na baía de Guanabara. De uma importante família católica de sua região, aos onze anos de idade, ficou órfão de pai, um magistrado, mas seguia uma excelente educação e já possuía bons conhecimentos de latim, a principal língua de sua época. Profundamente religioso e estudioso da teologia católica, sua mãe decidiu enviá-lo para Paris (1521), a fim de prosseguir os estudos. Na capital francesa freqüentou os colégios religiosos La Manche e Montaigne, onde foi colega do jovem Calvino. Depois entrou para a Universidade de Paris e concluiu o curso de Direito, em Orléans, aos vinte anos de idade (1530). Após concluir os seus estudos, tentou ser admitido como advogado pelo Parlamento de Paris, mas diante do insucesso, desistiu da advocacia e, aconselhado por seu tio, o grão-mestre Villiers de L'Isle, ingressou na escola de navegação da Ordem de Malta (1531) e foi destacar na ilha de Malta, com o fim de patrulhar as águas do Mediterrâneo, à época infestadas de piratas argelinos. Permaneceu em treinamento em terra e nas galeras (1531-1540), aperfeiçoando-se na arte militar, de marinharia, da diplomacia e nas línguas, passando a dominar o italiano, o espanhol e o grego. Lutou com as tropas de Carlos V no norte da África (1541) e participou da expedição (1548), que se apoderou da princesa escocesa Maria Stuart, então com seis anos de idade e noiva do futuro Francisco II, para conduzi-la à França. Diante da necessidade de expansão dos domínios coloniais franceses e convertido ao protestantismo (1555), planejou fundar uma colônia na América para servir de refúgio aos calvinistas perseguidos na Europa. Junto ao almirante Gaspard de Coligny conseguiu dois navios de Henrique II. Aportou na baía de Guanabara à frente de 600 colonos. Erigiu o forte Coligny na ilha de Serijipe, depois Villegaignon, e fundou Henriville, capital da França Antártica. No ano seguinte (1556) chegaram ao Brasil mais 300 colonos, inclusive mulheres e crianças, enviados por Calvino e trazidos pela frota comandada por Bois-le-Comte, sobrinho do colonizador. Porém entre os recém-chegados haviam também católicos, o que complicou a situação na colônia. Para complicar mais ainda, o fundador da colônia retomou a fé católica e entrou em conflito com os ministros protestantes. Resignado, voltou a França (1558), deixando o sobrinho em seu lugar. Cavaleiro da Ordem de Malta e diplomata, e como oficial naval francês Vice-almiranhttp://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=602te da Bretanha, depois de nomeado governador de Sens (1567), morreu em Beauvais, perto de Nemours, França.
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